SOBRE
Resultante de uma colaboração com o gabinete de arquitectura AND+RE o GEG venceu o concurso público para a elaboração dos projectos de ampliação da escola EB1+JI de Vermis.
O GEG elaborou o projeto de execução e licenciamento de todas as engenharias.
A estrutura proposta assenta na divisão do edifício em 3 corpos, com comportamento estrutural independente, de modo a limitar os efeitos diferidos do betão e os efeitos das variações térmicas na estrutura, bem como permitir o faseamento construtivo pretendido (viabilizando a construção dos novos corpos enquanto a escola atual se mantém em funcionamento).
O esquema estrutural adotado recaiu sobre uma solução de estrutura porticada em betão armado.
A sustentabilidade ambiental e energética não depende em absoluto de apenas uma disciplina. Para que este edifício possa ser eficiente, vários esforços devem concorrer em simultâneo para a obtenção do mesmo objectivo. Tomaram-se assim medidas específicas em todas as especialidades para que fossem cumpridas as seguintes metas:
- incorporação na construção de materiais de proveniência próxima do local de construção e utilização ao máximo de materiais reciclados;
- índices de isolamento térmico do edifício de tal ordem que se limitem as perdas de energia durante o Inverno e os ganhos durante o Verão, limitando dessa forma os consumos energéticos para garantia de conforto térmico dos ocupantes;
- produção de energia para os diversos usos do edifício eficiente e incorporando uma percentagem elevada de energia proveniente de fontes renováveis.
A volumetria proposta respeita o contexto existente, ao mesmo tempo que cria fundamentos de consolidação do tecido urbano. A relação com o edifício do “Plano Centenário” assume papel de elevada importância no desenho desta implantação usando alinhamentos quer em planta quer em volumetria. A proposta pressupõe quatros volumes distintos, que, apesar de estarem intrinsecamente ligados entre si, se interpretam visualmente como objetos separados. Estes volumes, que organizam e hierarquizam o programa interior, estão interligados entre si ao nível do rés-do-chão através de uma massa intersticial que os une.
A implantação e orientação do edificado, bem como a distribuição interna do programa, é naturalmente relacionada com a orientação solar, de modo a relacionar os espaços de forma mais favorável em relação às necessidades individuais de iluminação natural e exposição solar.
A (de)composição em elementos volumétricos proporciona também uma coerente organização dos acessos à infraestrutura, bem como colabora numa positiva organização dos espaços exteriores. Através desta volumetria consegue-se, por um lado, marcar, clarificar e controlar a chegada ao edifício, mas também permitir a distribuição interior a partir de um acesso nuclear centralizado.