SOBRE
A forma do edifício sede da Comissão dos Direitos Humanos baseia-se no símbolo religioso islâmico de um quadrado dentro de um quadrado orientado a Meca, representado no pátio principal e poços de luz que penetram na massa total de construção.
Os dois principais objetivos do projeto são a abertura e a transparência, refletindo os objetivos da Comissão de Direitos Humanos, e são refletidas na conceção global do volume elevado, o uso extensivo de áreas de envidraçados e jardins. Suspenso acima da paisagem suportado por colunas em V, o edifício proporciona ventilação natural e dá acesso a espaços verdes agradáveis.
A fachada foi projetada como reinterpretação a folha de palmeira e é composto por duas camadas: a fachada de vidro transparente primário e o brise soleil de folhas de metal perfurado em cobre proporcionando assim proteção e abrigo do sol.
Desafios de engenharia
Vários foram os desafios de cálculo e dimensionamento do edifício colocados à engenharia.
Apresentando uma dimensão em planta considerável, os grandes vãos dos pisos, o sistema estrutural de apoio e a escassez de núcleos fazem com que a conceção da estrutura seja condicionada por estados limites distintos dos que usualmente governam o dimensionamento de estruturas comuns. Em regra pela sua inerente capacidade e versatilidade foram adotadas soluções com base em estruturas metálicas e mistas. Além da estrutura principal singular do edifício são ainda singulares as soluções adotadas para as fachadas, sala de conferências suspensa, minarete, passadiços e auditório.
O projeto de climatização foi um verdadeiro desafio de engenharia, especialmente quando se conciliaram condições extremas de temperatura e humidade decorrentes de ser uma cidade no meio do deserto com opções de projeto que incorpora fachadas de vidro e simultaneamente cumprir com objetivos de sustentabilidade. Também neste aspeto foi dada particular atenção à gestão da água e soluções como recolha tratamento e armazenamento da água da chuva em cisternas foram incorporadas neste edifício.
